sábado, 19 de março de 2011

Tuberculose - (Via Estadão)

Estudo adverte que avanços contra tuberculose estão ameaçados



Relatório ressalta o impacto causado por outros fatores de risco, como tabagismo e diabetes


LONDRES - As novas cepas de tuberculose são cada vez mais resistentes aos remédios para curar a doença, o que ameaça os avanços realizados nas últimas décadas, segundo um relatório publicado nesta quinta-feira pela revista The Lancet.
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Bactéria que provoca a tuberculose
O relatório, divulgado nas vésperas do Dia Mundial contra a Tuberculose (24 de março), ressalta o impacto causado por outros fatores de risco, como tabagismo e diabetes, no aumento da incidência da doença no mundo todo.
A tuberculose mata, anualmente, 1,7 milhão de pessoas e o número atual de doentes (cerca de 9 milhões) é o mais alto registrado na história, segundo o trabalho coordenado pelos professores Alimuddin Zumla, do University College de Londres, e Stephen Lawn, da Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul).
Um total de 80% dos casos ocorre em 22 países pobres e emergentes, com especial incidência na África Subsaariana, onde são registrados quatro de cada cinco casos de tuberculose associados ao vírus da aids, uma combinação com "efeito devastador".
"O aumento das taxas de tuberculose resistente aos remédios no leste da Europa, Ásia e África Subsaariana ameaça prejudicar os avanços realizados mundialmente com os programas de controle da tuberculose", afirmaram os autores.
O relatório assinala que os principais fatores de risco para contrair e desenvolver plenamente a doença são o vírus da aids - que multiplica por 20 a probabilidade de ter tuberculose -, viver em situação de pobreza e superpopulação.
No entanto, outros elementos preocupam os especialistas, como "a epidemia global de diabetes e as altas taxas de consumo de tabaco em países pobres e emergentes".
"Estes são os elementos que podem fazer a epidemia de tuberculose disparar", indicaram Zumla e Lawn, que asseguraram que a diabetes multiplica por três o risco de adquirir tuberculose e que o tabagismo multiplica por dois.
Há, além disso, outros muitos fatores de risco: câncer, carência de vitamina D, alcoolismo, poluição em espaços fechados, problemas renais crônicos, herança genética, e uso de corticoides e de remédios antagonistas do fator de necrose tumoral (FNT), para tratar dores como a artrite reumatoide.
Estudos na América do Norte demonstraram que os FNT aumentam em 50% o risco de desenvolver a doença em pacientes infectados e que os corticoides aumentam em 100%.
O estudo conclui que os principais problemas a serem superados são a falta de exames acessíveis de diagnóstico, a excessiva duração dos tratamentos, a falta de uma vacina eficaz, o surgimento de cepas resistentes aos remédios e a fragilidade dos sistemas públicos de saúde nos países pobres e em desenvolvimento.
Apesar disso, afirma que "há razões para o otimismo", porque este é um momento de excelência nas pesquisas para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
Mas este impulso não servirá de nada, advertem, "se não houver um grande compromisso político e financeiro para garantir que possam ser cumpridos os objetivos do Plano Global da Organização Mundial da Saúde (OMS) 'STOP TB' para o período 2006-15".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Grupos de Risco (Via - O Globo)

Localização da gordura no corpo não influencia desenvolvimento de doenças cardíacas, diz pesquisa

NOVA YORK, EUA - Um estudo novo contesta a velha ideia de que pessoas obesas que concentram a maior parte da gordura na região central do corpo - que dá ao organismo um formato de maçã - são mais propensas a desenvolver doenças do coração que as que acumulam a gordura em torno do quadril e das pernas - com o corpo em formato de pêra, informa reportagem publicada nesta quinta-feira no "New York Times".
A nova pesquisa, originalmente publicada na "Lancet", reuniu dados de 58 estudos sobre mais de 220 mil pessoas com idade média de 58 anos. Durante o tempo, elas foram acompanhadas e mais de 14 mil sofreram ataque cardíaco ou derrame. Fatores convencionais de risco, como pressão arterial, colesterol, diabetes e cigarro realmente precederam esses problemas, mas informações adicionais sobre peso ou formato do corpo (determinado pela medição da circunferência da cintura ou a relação cintura-quadril) não contaram na previsão do risco.
- O formato do seu corpo não é realmente o problema - disse Emanuele Di Angelantonio, palestrante na Universidade de Cambridge e membro do "Emerging Risk Factors Collaboration", que tocou o estudo.
Ele enfatizou que estar acima do peso ou obeso é um dos principais fatores de risco variáveis para doenças cardiovasculares, e geralmente é um sinal de que no futuro a pessoa poderá ter problemas. Mas o pesquisador enfatizou:
- Independente da forma de obesidade ou sobrepeso que você tem, vai dar no mesmo.

Iodeto de Potássio (VIa - O Globo)

OMS adverte sobre automedicação com iodeto de potássio

RIO - A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta quinta-feira uma nota em seu site advertindo as pessoas preocupadas com a radiação no Japão contra a automedicação com iodeto de potássio ou o consumo de produtos que contenham iodo. O aviso foi motivado por informações de que há pessoas usando substâncias para evitar contaminação por causa dos problemas no complexo nuclear de Fukushima.
"O iodeto de potássio só deve ser consumido quando há uma clara recomendação pública sobre isso", dizia a nota.
Uma reportagem publicada no New York Times na última quarta-feira falava sobre a corrida dos americanos às farmácias para comprar iodeto de potássio, com medo de que uma nuvem de radiação chegue aos Estados Unidos. O proprietário de uma farmácia, por exemplo, disse que ele vendeu em três dias o que costuma vender em três meses.

Caso Raro (Via - O Globo)

Paciente é contaminado por HIV ao receber rim de doador vivo em Nova York

NOVA YORK, EUA - Um paciente contraiu o vírus da Aids recentemente de um doador de rim num hospital não identificado de Nova York, informou o Departamento de Saúde do estado nesta quinta-feira. Reportagem publicada no "Wall Street Journal" diz que este é o primeiro caso documentado de transmissão do HIV via transplante de doador vivo, desde que um teste com alto grau de precisão para detectar o vírus foi aprovado e implementado em 1985.
O hospital seguiu o protocolo correto na triagem, mas parece que o doador se contaminou durante uma relação sexual depois do exames e antes da cirurgia.
- Claro que é um caso raro, mas percebemos que precisamos alertar os hospitais e laboratórios para essa possibilidade. Assim, eles podem conversar com os doadores em potencial sobre os riscos e realizarem exames em datas mais próximas ao procedimento - disse a porta-voz do Departamento de Saúde, que agora recomenda que os testes de HIV e hepatite C e B sejam feitos em até 14 dias antes da doação, usando ácido nucléico.
Este tipo de exame pode detectar infecções virais semanas ou meses antes de os anticorpos serem detectáveis por exames de sangue padrão. Não tem sido aplicado em órgãos de doadores mortos, por causa da necessidade de transporte rápido, antes de o órgão se deteriorar. No entanto, a falta de tempo não se aplica a dadores vivos.

sábado, 12 de março de 2011

Microbiologia: Bactéria Sintética


Pesquisadores americanos conseguiram criar uma célula viva de bactéria produzida a partir de genoma (conjunto de genes de uma determinada espécie) sintético. A expectativa é que a descoberta possa permitir, por exemplo, a fabricação de bactérias em laboratório. O grupo diz, em comunicado, que o feito é a prova de que "genomas podem ser desenvolvidos por computador, quimicamente produzidos em laboratório e transplantados para uma célula para produzir uma nova célula que se autorreplique sob o controle de um genoma sintético".

John Craig Venter, líder do estudo, criador do instituto que tem seu nome e responsável pela primeira sequenciação do genoma humano, revelada em 2000, diz que se trata "da primeira espécie que se autorreplica e que tem o computador como parente".

- Nós chamamos de sintético porque a célula se deriva totalmente de um cromossomo sintético, criado com quatro frascos químicos em um sintetizador. A informação começou em um computador. Essa obtenção muda certamente minha visão da definição da vida e de seu funcionamento.

De acordo com a pesquisa, publicada pela revista científica Science, a equipe de Venter trabalhou com uma versão sintética do DNA de uma pequena bactéria chamada Mycoplasma mycoides, que foi transplantada em um outro germe, o Mycoplasma capricolum, que teve praticamente todo o seu interior "limpo". Depois de um tempo, a nova bactéria começou a se multiplicar em laboratório.

Em nota, os pesquisadores dizem que não usaram qualquer pedaço de DNA natural para produzir o genoma da bactéria - tudo foi feito com base na criação do computador e em sintetizadores químicos. Para os técnicos, o uso desse tipo de método pode ter implicações em campos como o dos biocombustíveis, farmacêuticos, limpeza da água e produtos alimentícios.

Nowhere to run!!!


Vejam o desespero da bactéria...

Áscaris Lumbricóide - Cilclo de Loos

sábado, 5 de março de 2011

Embriologia - Gênese

Muito Bom!!!!

Exame de Papanicolau

A- Um espéculo é inserido na vagina, expondo o cólodo útero. Uma Cytobrush é inserida dentro do cólo do útero. B. O cólo do útero é escovado no sentido horário para que seja colhida a amostra.

Mitose Lady Gaga

Biomédico ou Médico?







Biomédico ou Médico?






O caipira foi ao médico:



- Doutor, antes de mais nada, queria dizer-lhe que consultei um Biomédico, primeiro.


- Ah é? E que besteira ele mandou você fazer? 


- Disse que era para procurar o Sr.

Hemograma Completo - (Via www.mdsaude.com)

Hemograma é uma das análises de sangue mais úteis e mais solicitadas na prática médica.

Algumas pessoas acham que todo exame de sangue é um hemograma, como se ambos fossem sinônimos.

Quando o médico solicita uma coleta de sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que ele pretende que seja analisado nesta amostra. No nosso sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, como proteínas, anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio etc...), colesterol, hormônios e até bactérias ou vírus em casos de infecção.

O hemograma é solicitado quando o objetivo é ter informações sobre as células do sangue. Portanto, nem toda análise de sangue contém um hemograma.

Se você quiser saber mais sobre as análises de sangue mais comuns, leia CHECK-UP / EXAMES DE SANGUE.

HemogramaNo nosso sangue circulam 3 tipos básicos de células, todas produzidas na medula óssea:
  • Hemácias (glóbulos vermelhos)
  • Leucócitos (glóbulos brancos)
  • Plaquetas
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960 após observação de vários indivíduos sem doenças. O que é considerado normal é na verdade os valores que ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima). Portanto, pequenas variações para mais ou para menos, não necessariamente indicam alguma doença. Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior a chance disto verdadeiramente representar alguma patologia.

Não vou me ater muito em valores específicos, uma vez que, os laboratórios atualmente fazem essa contagem automaticamente através de máquinas, e os valores de referência sempre vêm impressos nos resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio, que em geral, são todos muito semelhantes.

A- ERITROGRAMA

O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo da série vermelha, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos.

Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembrando que os valores de referência podem variar entre laboratórios.

Hemograma

Os 3 primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia (leia: O QUE É ANEMIA ?), ou seja, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.

O hematócrito é o percentual do sangue que é ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa que 45% do sangue é compostos por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do sangue é na verdade composto por células vermelhas.

Se por um lado, a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de coágulos.

A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia.

O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias. VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, grandes. VCM reduzidos indicam hemácias microcíticas, ou de tamanhos diminuídos.

Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de anemia. Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto que, anemias por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias de tamanho normal.

Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia (leia: EFEITOS DO ÁLCOOL E ALCOOLISMO).

O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.

o HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias.

Os dois valores indicam a basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobna nas hemácias. Quando as hemácias têm pouca hemoglobina, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muita, são hipercrômicas.

Assim como o VCM , o HCM e o CHCM também são usados para se diferenciar os vários tipos de anemia.

O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entra as hemácias. Quando este está elevado significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando a formação de uma hemácia de tamanho reduzido.

Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina que são de fácil entendimento, os outros índices do eritrograma são mais complexos e pessoas sem formação médica dificilmente conseguirão interpretá-los de forma correta. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia para que esses dados possam ser úteis.

B- LEUCOGRAMA

Os leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos. Estes são também conhecidos como série branca ou glóbulos brancos. São as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores.

Os leucócitos são, na verdade, um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos, outros apenas fazem a identificação e assim por diante.

Existem 5 tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:

1) Neutrófilos

O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representam em média de 45% a 75% dos leucócitos circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela elevação dos neutrófilos, estamos provavelmente diante de um quadro infeccioso bacteriano.

Os neutrófilos tem um tempo de vida de aproximadamente 24-48 horas. Por isso, assim que o processo infeccioso é controlado, e a medula reduz a produção de novas células, seu níveis sanguíneos retornam rapidamente aos valores basais.

Neutrofilia = aumento do número de neutrófilos
Neutropenia = redução do número de neutrófilos

2) Segmentados ou bastões

Os segmentados ou bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados a medula óssea aumenta rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguíneas neutrófilos jovens recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar que essas células fiquem maduras, antes de lança-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.

O normal é que apenas 4 a 5% dos neutrófilos circulantes sejam bastões. A presença de um percentual maior de células jovens também é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.

3) Linfócitos

Os linfócitos são o 2º tipo mais comum. Representam de 15 a 45% dos leucócitos no sangue.

Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.

Quando temos um processo viral em curso, o mais comum é que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos e tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.

Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. É por isso que os linfócitos são os principais alvos dos medicamentos imunossupressores usados nos transplante de órgãos (leia: SAIBA COMO FUNCIONA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS).

Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS causar imunossupressão.

Linfocitose = aumento do número de linfócitos
Linfopenia = redução do número de linfócitos


Hemograma4) Monócitos

Os monócitos normalmente representam de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em processos virais e bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe o sistema imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago, uma célula capaz de "comer" micro-organismos invasores.

Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas como a tuberculose (leia: SINTOMAS DE TUBERCULOSE).

5) Eosinófilos

Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitas e pelo mecanismo da alergia. Apenas 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.

O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal por parasitas.

Eosinofilia = aumento do número de eosinófilos
Eosinopenia = redução do número de eosinófilos

6) Basófilos

Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos brancos. Sua elevação normalmente ocorre em processos alérgicos e estados de inflamação crônica.

Quando os leucócitos estão aumentados damos o nome de leucocitose. Quando estão diminuídos chamamos de leucopenia.

Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos, é importante ver qual das 6 linhagens descritas anteriormente é a responsável por essa alteração.

Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos.

As leucopenias normalmente ocorrem por lesões na medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-organismos.

C- PLAQUETAS

As plaquetas são as células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente convoca suas plaquetas para que se direcionem ao sítio da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que imediatamente estaca o sangramento. Graças a ação das plaquetas, o organismo tem tempo de reparar os tecido lesados sem que haja muita perda de sangue.

O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro. Porém, até valores próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.

Quando os valores se encontram abaixo dos 10.000 há risco de morte uma vez que pode haver sangramentos espontâneos.

Trombocitopenia é a redução da concentração de plaquetas no sangue. Trombocitose é o aumento.

A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias e para avaliar quadro de sangramentos sem causa definida.

Portanto, o hemograma é um exame que pode fornecer inúmeras informações sobre o paciente.

Quando temos redução de 2 das 3 linhagens de células do sangue, chamamos de bicitopenia. Quando os 3 tipos de células estão reduzidos, damos o nome de pancitopenia. Doenças que cursam com inflamação crônica, como o Lúpus, por exemplo, podem se apresentar com redução de 1, 2 ou das 3 linhagens (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO). Na verdade, qualquer agressão à medula óssea, seja por drogas, infecções ou doenças, pode causar diminuição da produção das células do sangue.

Não é preciso nenhuma preparação, nem estar em jejum, para se colher sangue para o hemograma.

O termo hemograma completo é apenas um preciosismo, uma vez que não existe hemograma incompleto. Se o médico quiser apenas saber o valor do hematócrito e da hemoglobina, ele solicita um eritrograma. Se quiser ver apenas o valor dos leucócitos, é só pedir um leucograma. Se o alvo for apenas as plaquetas, solicita-se um plaquetograma. Quando se pede um hemograma, está implícito que o médico quer a avaliação das 3 linhagens (hemácias, leucócitos e plaquetas).

Leia mais: http://www.mdsaude.com/2009/11/hemograma.html#ixzz1FkZPZB1w