domingo, 31 de julho de 2011

Coreia do Sul anuncia ter criado cão modificado geneticamente que brilha


Beagle Tagon fica fluorescente sob luz ultravioleta, segundo pesquisadores.

Pesquisa pode ajudar a descobrir cura de doenças em humanos.


Da Reuters
Cientistas da Coreia do Sul afirmaram na quarta-feira (27) que criaram um cão que brilha, usando uma técnica de clonagem que pode ajudar a curar doenças em humanos, como os males de Alzheimer e Parkinson. A informação é da agência Yonhap.
Uma equipe da Universidade Nacional de Seul disse que a beagle fêmea, batizada de Tegon e nascida em 2009, fica com um brilho verde fluorescente sob luz ultravioleta, quando toma um certo tipo de antibiótico, a doxiciclina
A cadela Tagon e seus filhotes (Foto: Reuters)A cadela Tagon e seus filhotes (Foto: Reuters)
Dois anos de testes foram feitos. A habilidade de brilhar pode ser "ligada e desligada", adicionando-se ou não a droga à comida da cadela.
"A criação de Tegon abre novos horizontes, uma vez que o gene injetado para fazer a cadela brilhar pode ser substituído por genes que causam doenças graves em humanos", disse Lee Byeong-chun, o pesquisador-chefe, segundo a agência.
Ele disse que o cão foi criado usando tecnologia de tranferência de material nuclear de células que a universidade usou para fazer o primeiro cão clonado do mundo, Snuppy, em 2005.



Estresse Oxidativo

 por Joana Lucyk

O que é estresse oxidativo?



O estresse oxidativo pode ser definido como o desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes  oxidantes do organismo, decorrente da geração excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs) e/ou diminuição de antioxidanyes endógenos.


 Os radicais livres, como o ânion superóxido, hidroxila, alcoxila, peroxila, hidroperoxila, são quaisquer espécies químicas que contenham um ou mais elétrons não emparelhados em seu orbital eletrônico mais externo, ao passo que as EROs são quaisquer espécies oxidantes altamente reativas, inclusive os radicais livres.  Exemplos de EROs não radicalares são o peróxido de hidrogênio, ácido hipocloroso, ozônio, oxigênio singlet e peróxidos lipídicos: todos capazes de induzir a produção de radicais livres no nosso organismo.
As EROs são formadas em diversas situações no organismo como, por exemplo, na síntese de ácidos nucléicos, na destoxificação de xenobióticos, na atividade de células do sistema imunitário, como resposta do processo inflamatório e, na transdução de sinais celulares. Mas, o mecanismo mais relevante da produção das EROs é o nosso metabolismo energético, a nossa respiração, ou seja, essas substâncias são inerentes à vida.
O estresse emocional, a elevada ingestão de ácidos graxos trans, a contaminação por metais pesados, o alto consumo de bebidas alcoólicas, a prática desregrada de atividade física, o consumo exagerado de medicamentos e a exposição a poluentes e toxinas ambientais são fatores determinantes para o aumento da produção de EROs.
O excesso de EROs  proporciona diversos prejuízos no organismo, desde envelhecimento a patologias crônico não transmssíveis, além de doenças auto-imunes. Essas substâncias reagem com nossas estruturas celulares, danificando-as: comprometem nosso equilíbrio orgânico e favorecem o aparecimento das doenças.
Portanto, devemos garantir que nosso organismo elimine o excesso dessas substâncias deletérias e para isso, contamos com um sistema antioxidante. E, para este sistema ser eficiente, dependemos de diversos nutrientes e substâncias bioativas, dentre os quais se destacam vitamina E, vitamina C, ácido lipoico, coenzima Q10, beta caroteno, zinco, selênio, cobre, ferro, manganês e flavonóides. Mais uma vez, todos devem estar em equilíbrio! O excesso de ferro, vitamina E e cobre, por exemplo, ao invés de favorecer uma defesa antioxidante eficiente, favorecem o aumento de EROs!

SAL x CORAÇÃO ( Via - Folha online)

Elo entre sal e doenças do coração não é automático

DE SÃO PAULO

Ninguém discute mais que o consumo excessivo de sal faz subir a pressão sanguínea. Mas um estudo em grande escala dos efeitos da redução do sal na dieta teve resultados inconclusivo, informa Ricardo Bonalume Neto em reportagem na Folha deste domingo.
íntegra do texto está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A análise de sete pesquisas internacionais, envolvendo 6.257 pessoas, das quais 665 morreram (293 por doenças cardiovasculares) não apontou um elo claro entre a diminuição da pressão resultante do menor consumo de sal e a prevalência dessas doenças, ou a morte causada por elas.
O trabalho foi feito pela Cochrane Collaboration, uma rede internacional de pesquisadores, e publicado na revista médica "American Journal of Hypertension". A equipe, liderada por Rod Taylor, da Universidade de Exeter, Reino Unido, garimpou 3.035 artigos e terminou com apenas sete estudos relevantes.
O estudo não é uma "licença para comer salgadinhos", contudo; ele simplesmente mostrou que a redução do consumo de sódio não é necessariamente boa para todos. Houve até casos em que a redução do consumo foi nociva em pacientes com insuficiência cardíaca.
O brasileiro consome em média 8,2 gramas de sal por dia (3,3 gramas de sódio), mais que as recomendações internacionais de ingestão de um máximo de 6 gramas (2,4 gramas de sódio), o equivalente a uma colher de chá.

SUPERANTICORPO

'Superanticorpo' pode resultar em vacina universal contra gripe


DA REUTERS

Cientistas encontraram um "superanticorpo", o FI6, capaz de combater todos os vírus da gripe tipo A em humanos e animais, e a descoberta pode abrir caminho para a produção de novos tratamentos antigripais.
Pesquisadores do Reino Unido e Suíça usaram um novo método para encontrar a "agulha no palheiro", e identificaram o anticorpo em um paciente humano capaz de neutralizar os dois principais grupos de vírus da gripe A.
É um passo preliminar, disseram eles, mas crucial para o eventual desenvolvimento de uma vacina universal contra a gripe.
Atualmente, os laboratórios precisam alterar todos os anos a composição das vacinas, de acordo com a cepa do vírus que estiver circulando -- um processo caro e demorado. Já a vacina universal poderia proteger as pessoas durante décadas, ou mesmo pela vida toda, contra todas as cepas de vírus da gripe.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Médica do Reino Unido e pela empresa privada suíça Humabs, e seu resultado foi publicado nesta quinta-feira na revista "Science".
Nesse artigo, os pesquisadores explicaram que os anticorpos atingem uma proteína do vírus chamada hemaglutinina. Devido à sua rápida evolução, existem hoje 16 subtipos diferentes da gripe A, divididos em dois grupos. Os humanos geralmente produzem anticorpos contra um subtipo específico.
Pesquisas anteriores já haviam localizado anticorpos que funcionam com vírus do grupo 1 e com a maioria dos vírus do grupo 2, mas não com ambos.
A equipe anglo-suíça usou um método que aplica a cristalografia de raios X para examinar enormes quantidades de amostras de células do plasma humano, aumentando assim suas chances de localizar o anticorpo "universal," mesmo sendo ele extremamente raro.
Ao identificarem o F16, eles o injetaram em ratos e furões, e descobriram que protegia também os animais contra os vírus do grupo 1 e 2.

Entrevista com o Dr. Paulo Miranda, presidente e fundador do INB.

Entrevista realizada e publicada em www.biomedicinapadrao.com.br


Dr. Paulo Miranda          Biomédico pela UFPE. Especializações: Microbiologia e Imunologia na UFRJ; Imunologia avançada no I. Pasteur; Radioimunoensaio na UFPE; Serviço de Saúde pelo MEC/UFPE; Imunocitoquímica e Imunologia Celular na Univ. de Keio, em Toquio-Japão; Fellow do Lab. de Imunomodulação do NIH/EUA.
          Diretor do Centro Médico de Imunologia e Diagnóstico em Recife-PE.  Mestrado em Patologia pela UFPE. Doutorando em Medicina Tropical pela UFPE e inúmeras publicações nacionais e internacionais.
Foi também Conselheiro titular do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) onde ocupou por mais de uma década, cargos como o de Vice-Presidente e Secretário Geral. Fundador do Instituto Nacional de Biomedicina (INB).
Atividades atuais: Coordenador do Curso de Biomedicina da UFPE em Exercício, Professor Adjunto do Departamento de Patologia da UFPE, das Disciplinas de Administração em Serviços de Saúde, Imunologia e Tópicos Avançados em Laboratório Clínico. Ocupa a Presidência do Instituto Nacional de Biomedicina e a Diretoria Científica da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, Regional-PE. É também  Analista em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco e Membro do Conselho Municipal de Saúde do Paulista-PE.


BLOG: Por que o Sr. escolheu biomedicina? 
DR. PAULO MIRANDA: Na verdade, quando entrei na Universidade Federal de PE, fui fazer o Curso de Odontologia. Mas, após 04 semestres, descobri o Curso de Biomedicina, antigamente chamado Ciências Biológicas-Modalidade Médica, que embora ainda não reconhecido na época, apresentava uma  proposta que atendia todas minhas expectativas, principalmente na área de Ensino, Pesquisa e Analises Clínicas. Mesmo sabendo das dificuldades iniciais pela não regulamentação, não tive dúvidas! Mudei para Biomedicina e desde já comecei a lutar pela regulamentação do Curso, o que felizmente aconteceu  uma década depois. Sempre fui de enfrentar desafio, e esse foi o que me deu mais prazer. Interferiu na vida profissional de dezenas de milhares de colegas e principalmente porque me proporcionou a realização  plena na minha vida profissional.
BLOG: De onde veio a ideia de criar o Instituto Nacional de Biomedicina (INB)? 
DR. PAULO MIRANDA:
 Fui por muitos anos, membro do CFBM, onde ocupei a Vice-Presidência, Secretário Geral e pude substituir o Presidente em algumas oportunidades. Entretanto, desde sua criação, não me sentia a vontade principalmente por ser escolhido/indicado apenas por 04 pessoas, eleições indiretas (Representantes dos CRBMs-nosso colégio eleitoral), em vez de eleições diretas como existem em outros Conselhos. Também, sempre defendi a participação feminina e a transparências de todas as ações, disponibilização pública das atas e prestação de contas, o que não acontece até hoje, mesmo sendo obrigação dos órgão públicos.
Outro, devido à essa luta e  missão democrática na Biomedicina, muitos colegas me estimularam a fundar uma Instituição que fosse descentralizadora, democrática, mais interativa com todos os segmentos acadêmicos e profissionais da Biomedicina e acima de tudo fosse um fórum permanente de discussão para a consolidação, crescimento e uma verdadeira integração entre os acadêmicos e profissionais Biomédicos de todos os Municípios, Estados e Regiões do País. Infelizmente hoje, no Conselho Federal, apenas 05 estados estão representados ( SP-04, PE-02, GO-1, TO-01, PA-02),  e sem qualquer representação feminina. Então, o INB foi fundado visando contribuir para promoção de maior integração, democratização, descentralização, aperfeiçoamento profissional, divulgação e consolidação da profissão Biomédica.
BLOG: Qual o papel do INB? 
DR. PAULO MIRANDA:
 O INB é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos ou econômicos. Entre outros objetivos, tem o INB, o compromisso com a promoção, o aprofundamento e  a sistematização das reflexões sobre as questões de saúde no País objetivando estimular o compromisso da Biomedicina com a realidade social brasileira.
O INB tem ainda como objetivos: o desenvolvimento de linhas de ação, estudos e pesquisas científicas, visando contribuir para a formação de uma consciência Biomédica voltada para a cidadania socioambiental e os direitos humanos; o assessoramento, a formação e a capacitação de organizações de base comunitária, como pessoas físicas e jurídicas, na defesa da saúde; o patrocínio de pesquisas biomédicas, estudos e trabalhos de ciência política, econômica e social; a realização e a promoção de cursos, simpósios, seminários, palestras, oficinas e eventos visando o aperfeiçoamento profissional e o bem estar social; Integrar e consolidar as ações  biomédicas entre outros.
BLOG: Quem pode ser sócio do INB? DR. PAULO MIRANDA: Acadêmicos e Profissionais Biomédicos, pessoas físicas ou jurídicas identificadas com os objetivos do INB (sócios colaboradores).
BLOG: Como o Sr. enxerga  a biomedicina e o que pode ser feito para melhorar a inserção no mercado de trabalho dos jovens recém formados? DR. PAULO MIRANDA: Vejo hoje a Biomedicina como uma profissão em ascensão, o que pode ser comprovado pelo significativo crescimento do número de cursos no Brasil. Temos hoje, talvez, mais cursos de Biomedicina do que cursos de Medicina no País. Da década de 60 para cá, tivemos uma expansão de 04 para mais de 180 curso cadastrados no MEC.
Entendo que já chegou o momento das Instituições Biomédicas do País ( Conselhos, Sindicatos e INB ) começarem em conjunto, a se preocupar e melhor avaliar a abertura desenfreada de novos cursos. Sou da opinião que devemos consolidar e fortalecer os já existentes, sem entretanto impedir e/ou dificultar  a abertura de novos cursos de excelente qualidade, principalmente em regiões ainda carentes de profissionais biomédicos.
BLOG: Na sua opinião, quais características um profissional deve ter para se dar bem no mercado? DR. PAULO MIRANDA:
a) Ter um bom perfil acadêmico generalista;
b) Iniciar  atividades de estágio o mais precocemente possível em empresas de grande credibilidade e importância local, regional e/ou nacional;
c) Iniciar curso de pós-graduação logo após a conclusão da graduação;
d) Saber bem uma língua estrangeira, além do inglês.
e) Participar de eventos científicos ligados a sua área de atuação.
BLOG: Qual a dica que o Sr. dá para quem irá se tornar um biomédico? 
DR. PAULO MIRANDA:
a) Conduzir todas as suas atividades profissionais dentro do mais alto rigor científico, ético e moral;
b) Estudar muito;
c) Se integrar aos Centros acadêmicos, participando das atividades e discussões sobre o andamento do Curso;
d) Começar a estagiar logo nos primeiros semestres, até o final do Curso;
e) Se integrar em grupos de pesquisa produtivos para desenvolver sua iniciação científica;
f) Participar de  monitorias para desenvolver aptidões docentes e de pesquisa;
g) Participar de eventos acadêmicos e científicos, preferentemente  apresentando trabalhos sempre que possível;
Mas, de uma maneira geral, identifico também algumas aptidões importantes ao biomédico como:
• Ser dotado de espírito crítico e responsabilidade que lhe permita uma atuação profissional consciente, dirigida para a melhoria da qualidade de vida da população humana;
• Raciocínio dinâmico, rápido e preciso na solução de problemas dentro de cada uma de suas habilitações específicas;
• Avaliar e responder com senso crítico as informações que estão sendo oferecidas durante a graduação e no exercício profissional;
• Assimilar as constantes mudanças conceituais e evolução tecnológica apresentadas no contexto mundial;
• Exercer, além das atividades pertinentes à profissão, o papel de educador, gerando e transmitindo novos conhecimentos para a formação de novos profissionais e para a sociedade como um todo.

sábado, 30 de julho de 2011

Beber demais pode danificar memória de meninas adolescentes, diz estudo

Pesquisa realizada por diversas universidades americanas concluiu que álcool afeta parte do cérebro responsável por memória e percepção espacial.


Adolescentes, especialmente do sexo feminino, que bebem grandes quantidades de álcool de uma só vez podem danificar a parte do cérebro que controla a memória e a percepção espacial, de acordo com um estudo americano.
PA
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Jovens mulheres seriam mais vulneráveis que os rapazes aos efeitos do álcool
Os cérebros de jovens mulheres são mais vulneráveis aos danos causados pelo álcool porque se desenvolvem mais cedo que os dos homens.
Por isso, segundo a pesquisa publicada em Alcoholism: Clinical and Experimental Research, aquelas que bebem demais em um curto espaço de tempo podem acabar tendo problemas ao dirigir, jogar esportes com movimentos complexos, usar mapas e ao tentar lembrar o caminho para os lugares.
Testes
Os pesquisadores de diversas universidades dos Estados Unidos fizeram testes neuropsicológicos e de memória espacial com 95 adolescentes entre 16 e 19 anos de idade.
Entre eles, 40 (27 do sexo masculino e 13 do sexo feminino) bebiam muito de uma só vez (Mais de 1,5 litro de cerveja ou quatro taças de vinho para mulheres ou mais de 2 litros de cerveja ou uma garrafa de vinho para os homens).
Os mesmo testes foram repetidos com 31 rapazes e 24 moças que não bebiam em grandes quantidades e os resultados foram então comparados.
Tecnologia 
Usando aparelhos de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que as adolescentes que bebiam muito tinham menos atividade em várias áreas do cérebro que as que não bebiam, durante o mesmo teste de percepção espacial.
Segundo Susan Tapert, professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia e autora do estudo, estas diferenças na atividade cerebral podem afetar negativamente outras funções, como concentração e o tipo de memória usado na hora de fazer cálculos, o que também seria fundamental para o pensamento lógico e capacidade de raciocínio.
Já os jovens rapazes não teriam sido afetados da mesma forma, de acordo com Tapert.
"Os adolescentes que bebiam demais mostraram alguma anormalidade, mas menos, na comparação com os rapazes que não bebiam. Isso indica que as jovens do sexo feminino são particularmente vulneráveis aos efeitos negativos do excesso de álcool." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

Lesões em diversas partes do corpo podem levar a problemas de raciocínio Pancadas no tornozelo ou joelho, por exemplo, podem ter efeitos negativos na memória e atenção

Reuters
NOVA YORK - Um golpe na cabeça não é a única forma de deixar um atleta mais lento e confuso. Uma torção no tornozelo ou luxação no joelho também podem afetar os resultados de exames relacionados a atenção e memória, além de influenciar no tempo estimado para acompanhar as contusões, de acordo com um novo estudo.
Isso significa que treinadores e a equipe médica deveriam falar com os atletas sobre os sintomas das contusões quando avaliam a seriedade de uma lesão na cabeça, e não apenas se basear no resultados dos exames, de acordo com uma nova pesquisa. Os especialistas estão cada vez mais preocupados com as consequências das contusões, especialmente nos atletas mais jovens.
Os machucados na cabeça podem causar tontura, problemas na memória, problemas de atenção, que geralmente somem com algumas semanas. Mas quando os atletas tentam retornar destas contusões muito rápido, eles ficam expostos a uma condição rara, mas ainda assim perigosa, chamada "síndrome do segundo impacto", que ocorre quando há uma segunda lesão antes mesmo de se recuperar completamente da primeira.
Uma forma de gerenciar as contusões, e decidir quando os atletas estão prontos para retornar às atividades, é usar exames computadorizados que avaliam a velocidade e acertos em testes com palavras, símbolos e padrões. Um resultado fraco nos testes sugere ao médico que o atleta pode ainda estar sob os efeitos da lesão.
No estudo divulgado, pesquisadores da Universidade de Toronto aplicaram um teste de 20 minutos para 72 estudantes que também são atletas, incluindo jogadores de futebol americano, hóquei e jogadores de lacrosse. Dezoito atletas avaliados tinham sofrido alguma contusão nos últimos três anos, outros 18 tinham sido afastados recentemente por causa de danos nos músculos ou tendão. Outros 36, usados para comparação, não tinham se machucado.
Como esperado, os atletas que tinham machucado a cabeça foram piores que aqueles que não tinham sofrido nenhuma mal, reagindo mais lentamente, apresentando problema com memória e atenção. Aqueles que tiveram problemas musculares ou nos tendões também tiveram resultados piores que os atletas sem contusões em alguns testes, e a pontuação deles geralmente ficava entre o dos outros dois grupos.
"Isso sugere que precisamos ver os exames computadorizados como mais um detalhe e não como o resultado final", diz o cirurgião ortopédico Dr. Mark Halstead, da Escola de Medicina da Universidade de Washington. "Pode existir outros fatores que afetam o resultado dos atletas nos testes."
Estes fatores podem incluir a frustração do atleta por estar machucado, ou outras respostas relacionadas à lesão, explica a equipe liderada por Michael Hutchison na revistaAmerican Journal of Sports Medicine. Outra possibilidade, eles dizem, é a dor e o desconforto proporcionado pela lesão muscular e no tensão fazerem os atletas pensarem com menos clareza.
"Se você tiver uma pessoa que já tenha machucado a cabeça, você não pode automaticamente achar que tudo o que os exames apontarem esteja relacionado a esta lesão," disse Hutchison.
Halstead disse que estes resultados não são tão surpreendentes, e que o exame computadorizado é apenas uma das ferramentas usadas pelos médicos para monitorar o progresso dos pacientes. "Nós podemos muito bem gerenciar um contusão sem isto", ele disse.
O estudo mostra a importância de se observar todos os aspectos do paciente, ao invés de se basear em apenas um teste. Mas Halstead diz que por se tratar de um estudo pequeno, novas pesquisas deverão ser feitas para entender como machucados que não ocorrem na cabeça podem afetar habilidades de raciocínio e como isso deve ser lavado em consideração no acompanhamento das pessoas que sofrem lesões. 

ANS inclui implante coclear nos procedimentos para cobertura por planos de saúde

O implante coclear, conhecido como \"ouvido biônico\", é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial


Agência Brasil
BRASÍLIA - O implante coclear passa agora a fazer parte dos procedimentos cobertos pelos planos de saúde. O implante coclear, conhecido como "ouvido biônico", é um equipamento eletrônico computadorizado que substitui totalmente o ouvido de pessoas com surdez total ou parcial.
A resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi publicada nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União. O funcionamento do implante coclear difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). O AASI amplifica o som e o implante coclear fornece impulsos elétricos para estimular as fibras neurais em diferentes regiões.
O aparelho, considerado uma das maiores conquistas da engenharia ligada à medicina, existe há alguns anos e atualmente é usado por mais de 100 mil pessoas no mundo, segundo o Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Calculadora de Risco de Doença Cardíaca

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Teste de vacina contra Aids reduz pela primeira vez risco de infecção


A vacina – uma combinação de duas vacinas experimentais já testadas – foi administrada a 16 mil voluntários na Tailândia, no maior teste já realizado com uma vacina contra a Aids.
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Os pesquisadores concluíram que a vacina reduziu em quase um terço o risco de contrair o vírus HIV, que provoca a doença.
O resultado está sendo visto como um avanço científico significativo, mas uma vacina global ainda está distante.
O estudo foi realizado pelo Exército americano com o governo da Tailândia e durou sete anos. Todos os voluntários – homens e mulheres com idades entre 18 e 30 anos – não eram portadores do HIV e viviam em algumas das regiões mais afetadas da Tailândia.
As vacinas combinadas para a produção desta já haviam sido testadas, sem sucesso.
Metade dos voluntários recebeu a vacina e a outra metade recebeu um placebo. Todos receberam aconselhamento sobre prevenção do vírus HIV.
Entre os voluntários que receberam a vacina, o risco de infecção pelo HIV foi 31,2% menor do que entre os que tomaram o placebo.
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“O resultado é extremamente encorajador. Os números são baixos e a diferença pode se dever à sorte, mas a conclusão é a primeira notícia positiva no campo de vacinas contra a Aids em uma década”, disse Richard Horton, editor da revista médica Lancet.
Ao todo, 125 pessoas foram contaminadas durante os testes, 74 no grupo dos que tomaram placebo, e 51 no grupo dos que tomaram vacinas.
Ela (a vacina) só é ativa contra as cepas (do vírus) prevalecentes na Tailândia - então, não é amplamente ativa em outras partes do mundo - e uma redução de cerca de 30% não é grande o suficiente para realizarmos um teste ainda maior.
O resultado foi comemorado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo programa conjunto da ONU para a Aids (UN/Aids).
Estima-se que cerca de 33 milhões de pessoas no mundo sejam portadoras de HIV. relatórios mais completos sobre os testes com essa vacina serão divulgados em uma reunião em Paris, no mês que vem.
Fonte: BBC Brasil